sábado, 4 de maio de 2013

O Núcleo de Pesquisa em Estudos Culturais pede muitas desculpas àqueles que foram a Saraiva hoje para o Trilhas Culturais. A pessoa responsável por organizar a programação do Espaço, acabou marcando dois eventos no mesmo dia e horário e o nosso acabou sendo cancelado. Devido a esta eventualidade, iremos remarcar o encontro e em breve será divulgada uma nova data. 
Obrigada pela compreensão

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Trilhas Culturais - maio / 2013

Exibição do Filme 'Orações para Bobby' e debate do tema

Homossexualidade e Religião: há um caminho comum?, com Gilmaro Nogueira!
Todxs convidadxs! 04/05/13, 13h, Espaço Saraiva Salvador Shopping.

Apareçam!!!



domingo, 31 de março de 2013

O Núcleo de Pesquisa em Estudos Culturais tem o prazer de convidar a todas para participar do primeiro Trilhas Culturais 2013, discutindo a linha de Patrimônio, Memória e Religiosidade.

Participe!

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

POLÍTICAS PÚBLICAS: DEFINIÇÃO E ATORES

Por Rafael Vasconcelos Cerqueira Oliveira[1]

            Uma revisão na ideia inicial de políticas públicas se faz necessária, visto que o entendimento do conceito políticas públicas como toda política aplicada pelo Estado em determinado setor buscando efetivamente suprir uma necessidade momentânea de dado grupo ou espaço social é uma visão, segundo Boneti (2007), que não contempla a complexidade na construção desse conceito. O autor nos propõe que mudemos o foco dessa análise, sendo necessária perceber todos os campos de construção de uma política pública, a simples análise focada na aplicabilidade oriunda do Estado torna tal discussão nula. Assim é importante perceber os atores sociais na efetivação das políticas públicas e suas relações como são postas, pois é a partir desse entendimento que irá se definir as bases das relações de força.
     A proposição do artigo se pauta na definição de políticas públicas e as relações de poder constituídas dentro do campo social, observando a configuração da sociedade e suas relações. A discussão da participação da sociedade se coloca fundamentalmente, posto que “não se pode mais pensar, tampouco, que políticas públicas são formuladas unicamente a partir de interesses específicos de uma classe, como se fosse o Estado a instituição a serviço da classe dominante” (BONETI, 2007, p.12)
     Para um entendimento mais centrado na participação política desse sujeito social é necessário uma revisão histórica, contextualizando a sociedade e suas modificações políticas que vão interferir diretamente na ação desse sujeito social, perceber como os reflexos das lutas sociais em tempos de ditadura contribuíram para o avanço das políticas públicas.
     É nesse contexto político-social que irá se iniciar a construção das políticas públicas no país. Nesse sentido é importante ressaltar que a partir do momento que tais políticas são aplicadas considerando apenas essa efetivação enquanto reforçamento de um regime instaurado encontramos o primeiro embate teórico apresentado por Boneti (2007) que é o conflito entre o Local x Global, posto que as políticas públicas direcionadas a sociedade desde os anos 30 tinham sua origem no Estado, instituição maior de uma nação, dirigida por uma ideologia autoritária, onde tais políticas efetivamente tinham o foco de manutenção da ordem político-social, e a formulação dessas políticas estavam pautadas dentro de um âmbito global, desconsiderando assim a singularidade de cada região “a definição de políticas públicas está condicionada aos interesses das elites globais por força de determinação das amarras econômicas próprias do modo de produção capitalista” (BONETI, 2007, p.14).
     O conflito entre o local x global vai estabelecer os campos de disputa e participação política do sujeito enquanto o agente crítico, entendendo essa participação enquanto “uma relação de poder, não só por intermédio do Estado, que a materializa, mas entre os próprios atores, exigindo determinados procedimentos e comportamento sociais.” (TEIXEIRA, 2002, p.27). Justamente essa divergência entre o local x global vai ser apontada por Bourdieu (1996) e apresentada enquanto poder no campo social, compreendendo o poder enquanto “campo mutável”, tanto em termos de dinâmica da conservação como da transformação da estrutura de distribuição das propriedades ativas desse espaço, e esses espaços são constituídos de mundos sociais diferentes, respeitando suas regras e forças políticas.
     Essa reconfiguração do local no âmbito dos campos sociais é que vai a partir de então servir enquanto ele de efetivação das políticas públicas, o papel do Estado agora fica restrito, segundo Bourdieu (1996), a servir de instrumento de determinados agentes do campo de lutas, e a força desses agentes está diretamente ligada a uma elite global, que atende unicamente ao projeto capitalista.
      Os condicionantes na efetivação da política pública perpassam pela aplicação dos interesses do capitalismo global, que tem sua representação garantida pelas elites globais e locais, que hora se configuram enquanto globais, trabalhando exclusivamente para a manutenção e garantida de atendimento dos interesses que contemplem seus planejamentos políticos. Estão focadas também as necessidades dos vários segmentos sociais atuantes na sociedade, mas que, no entanto, a relação de poder entre as duas forças estão ligadas ao poder de persuasão, de barganha político-econômica, é o capital que dispõe e decide sobre seu poder, “monetarização da vida social e da vida pessoal”. (SANTOS, 2009, p.18).





[1] Especialista em Estudos Culturais, História e Linguagens pelo Centro Universitário Jorge Amado. Especializando em Monitoramento e Avaliação em Políticas Públicas e  Bacharel/Licenciado em História pela Universidade Católica do Salvador (UCSAL). vasconcelos_his@yahoo.com.br