quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Mais uma do nosso ranking na educação

Nossa educação vai muito mal das pernas, dos braços, cotovelos!! Se considerarmos ainda que, segundo o jornalismo da Band, somos o pior estado no quesito analfabetismo, então...
Do A Tarde: Enade reprova 46 instituições de ensino superior na Bahia. Confiram aí a matéria
Para apimentar as discussões, segue o link do blog de Simone Borges:
http://simonevivehistoria.blogspot.com/2011/11/sera-que-minha-crise-tem-haver-com.html

Embora tenha uma orientação sexual heterossexual, o trabalho teórico da Dra. Berenice Bento tem sido de grande importância para repensarmos a forma como encaramos o gênero. Berenice tem mostrado como a homossexualidade tem sido repatologizada ou patologizada indiretamente através do diagnóstico de “transtorno de identidade de gênero”.
Muitos pais levam os filhos aos psicólogos e psiquiatras para curar os comportamentos “afeminados”, instaurar nos filhos, uma masculinidade vista como natural e biológica. Os estudos queer, têm discutido que, a masculinidade não é um padrão natural ligado ao homem, nem a feminilidade um padrão natural ligado a mulher. Antes que se distorça, cabe explicar que, tanto homem como mulher, podem ser, masculinos e femininos (na verdade somos ambos), ou seja, o que faz do homem ser másculo ou da mulher ser feminina, são processos pedagógicos, que se iniciam antes do nascimento.

Desde antes do nascimento, a declaração “é um menino” ou “menina” inicia um processo de transformar esse corpo em macho ou fêmea. Das brincadeiras, cores de roupa, etc, o gênero passa a ser um processo de inscrever nesses corpos, padrões de comportamento, visto como naturais.

Mesmo entre os gays, há um grande preconceito contra travestis, transexuais, lésbicas masculinizadas e homossexuais afeminados. A reflexão de Berenice, embora tenha um objetivo específico de despatologizar a transexualidade – sua luta incansável, possibilita pensar nesses sujeitos que não se encaixam dentro das normas de naturalização e de normalidade, humanizá-los.
Trata-se um convite para revermos nosso modelo de naturalização da sexualidade, onde ser homem implica em ser hetero e másculo. É pensar a construção de gênero, como possibilidade de humanizar outros corpos, que não se encaixa dentro de padrões sociais.
Cabe ressaltar que, o Conselho de Psicologia, despatologizou a homossexualidade formalmente em 1999 por intervenção de Luiz Mott, que pressionou por uma resolução, moção, e que essa resolução se mantém até hoje, também pela intervenção da Dra. Berenice Bento, o que pretendo colocar em artigo, escrito e psicografado, para quem quiser ler.
Qual o problema de uma heterossexual, que pensa um mundo sem gênero, lutar pela despatologização da transexualidade? O problema é quando os homossexuais retificam a naturalidade da sexualidade e do gênero, meio pelo qual os sujeitos que não atendem a linearidade homem=macho e mulher=fêmea são anormalizados, desumanizados.

Pensar um mundo sem gênero é pensar a possibilidades dos sujeitos se constituírem como macho ou fêmea, independente do sexo. É a desnaturalização do gênero, coisa bem antiga, para quem estudou um pouco de feminismo.
Também não vejo nenhum problema num grupo se afirmar como “lésbicas políticas”. Acho paradoxal que alguém que defenda tanto a afirmação da homossexualidade critique as lésbicas por isso. Contraditório que, os que afirmam e brigam pela identidade, não aceitem a afirmação do outro. Entendo o lugar de “lésbicas políticas” como uma afirmação política, lugar de onde se fala. Como elas deveriam se identificar? Como mulheres apenas? Então porque nós homossexuais, não nos afirmamos apenas como homens?
A tentativa de imposição de que todos se assumam homossexuais é uma violência que nega ao sujeito o direito de afirmar seu sentimento, sua identidade e sua luta política. Lésbicas políticas, homossexuais afeminados, lésbicas masculinizadas, trans, travestis, assexuados, bichas negras, ou, diversas outras possibilidades de identificação, não podem ser um problema para nós, que tivemos que enfrentar na pele, uma imposição social para que nos constituíssemos como héteros – repetimos o mesmo movimento da homofobia – exigir um modo de identificação e comportamento do outro.
O que precisamos fazer é dialogar com esses sujeitos e pensarmos como podemos construir uma luta conjunta, uma vez que estamos todos no lugar de opressão. Se unir nas diferença, e não apagá-las.
Quem venha também os héteros unir sua voz a nossa luta, por uma sociedade mais justa.

Autor: Gilmaro Nogueira

O princípio da participação social na gestão de políticas públicas


Conforme sugestão de Mayana Rocha, segue o link para o texto “O princípio da participação social na gestão de políticas públicas”, de Carlos Milani. (http://www.scielo.br/pdf/rap/v42n3/a06v42n3.pdf). Bem útil para quem está interessado na linha Educação e Políticas Públicas

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